Sonhos

          O limite entre a realidade e a fantasia. Tudo pode acontecer.

          Lembra daquela noite? Que tentei te convencer que eu era uma pessoa chata e com poucos amigos (e que graças a Deus não deu certo)? Foi aí que você começou a transformar meus dias simples e sem graça num parque de diversão, me ensinou a ter paciência, a ver o lado bom das coisas e das pessoas, mudar o ritmo da música de vez em quando e, o mais importante de todos os ensinamentos: Amar sem medo e sem pressa!
          Foi mágico, por mais durona que eu tentei ser você me desequilibrou a cada palavra que eu dizia (ou pensava) e me fez te admirar taaanto, ver o que eu tinha me tornado (aquela garota fria e indiferente não era eu) e ainda mais me ajudou a recuperar a doçura que restava em mim. Foi assim que você foi ganhando meu coração, minha confiança, meu respeito, meus abraços, meus beijos, meus telefonemas e mais um monte de coisa que veio depois.

          E hoje faz mais parte da minha vida e dos meus pensamentos do que possa imaginar!

Eu estou meio pra baixo por causa do meu último ás. Justamente o de copas ficou por último. Eu estava esperando espadas. Peguei copas e, por alguma razão, este parece o mais perigoso de todos. O naipe é de corações, cara, saca? Tem gente que morre de mágoa, um troço que afeta o coração. Uma porrada de gente morre de ataque cardíaco. E é o coração que mais dói quando as coisas dão errada e se desmoronam.

Língua doida

"- Só sei que nós nos amamos muito...
- Por que você está usando o verbo no presente? Você ainda me ama?
- Não, eu falei no passado!
- Curioso, né? É a mesma conjugação.
- Que língua doida! Quer dizer que nós estamos condenados a amar para sempre?
- E não é o que acontece? Digo, nosso amor nunca acaba, o que acaba são as relações...
- Pensar assim me assusta.
- Por que? Você acha isso ruim?
- É que nessas coisas de amor eu sempre dôo demais...
- Você usou o verbo 'doer' ou 'doar'?
- Pois é, também dá no mesmo... "

/Gian Fabra